domingo, 28 de agosto de 2011

Artigo: Iluminação Natural e Eficiência Energética – Parte II Sistemas Inovadores para a Luz Natural

LUZ NATURAL EM ARQUITETURA:



Ao longo da história, a luz natural sempre teve um papel importante na arquitetura, do ponto de vista estético e simbólico, e em relação ao conforto e à iluminação funcional. Na Europa, o conhecimento de técnicas e a atenção ao projeto arquitetônico voltados à utilização da luz natural nos edifícios foram empregados desde a época romana; Vitruvio já discutia em seus escritos clássicos como prover uma boa iluminação natural. Os romanos elaboraram a primeira norma para proteger o direito à luz natural em propriedades existentes, contra configurações urbanas não favoráveis.
Na Idade Média e no período Barroco, em edifícios religiosos, a luz era utilizada como elemento expressivo. A busca da iluminação natural foi incrementada durante a Revolução Industrial, através das inovações tecnológicas (por exemplo, as novas técnicas para a produção de vidro). As implicações arquitetônicas da utilização da luz natural nos edifícios sempre foram, além disso, uma fonte de inspiração para os projetistas; neste sentido a iluminação natural sempre fez parte, ainda que implicitamente, do processo de projeto (BAKER et al, 1993).


Na metade do século passado, em parte devido ao desenvolvimento de sistemas mais eficientes e econômicos (por exemplo, as lâmpadas fluorescentes), passou-se a “excluir” o ambiente externo do projeto arquitetônico. Mesmo em edifícios construídos para responder ao problema da economia de energia, a iluminação natural era muitas vezes o aspecto mais negligenciado do projeto. Desta forma, apesar do aumento da eficiência das fontes luminosas e do desenvolvimento de sistemas de controle da luz artificial, a iluminação permanece sendo ainda hoje, na Europa e no Brasil, um dos maiores consumos de energia em edifícios não residenciais (BAKER et al, 1993; LAMBERTS, 1996).
Na última década, progressos significativos nos sistemas para a luz natural foram feitos, incluindo componentes de projeto inovadores e novos materiais, que podem ser usados para controlar e redirecionar a luz natural nos ambientes. O recente interesse pelas questões ambientais, e a busca de eficiência energética e conforto ambiental em edifícios, estimulou um retorno ao uso da luz natural nos edifícios.

SISTEMAS PARA A LUZ NATURAL

Um sistema para a luz natural é uma adaptação da janela/abertura zenital que tem como objetivo melhorar/otimizar a quantidade e melhorar a distribuição de luz natural no espaço. Os sistemas para a luz natural utilizam a luz do zênite e do céu de maneira eficiente, guiando-a com mais profundidade e uniformidade para o interior dos ambientes.
Podem ter o mesmo efeito de proteção solar que normalmente se consegue com os dispositivos de sombreamento externo, reduzindo as temperaturas internas e/ou os custos de ar condicionado, devido à diminuição da carga térmica.






O Laser Cut Panel desfruta dos mesmos princípios de refração da luz incidente, direcionando-a para o teto do ambiente. Consiste em uma placa de acrílico cortada a laser internamente, colocada dentro de dois vidros. Os cortes funcionam como um espelho dentro do acrílico, desviando o feixe de luz que chega. A quantidade de luz desviada depende da profundidade dos cortes e da distância entre eles, bem como do ângulo de incidência da luz e da inclinação do LCP2.
Apesar de não funcionar como proteção solar, pois não exclui os raios diretos, o laser cut panel apresenta a vantagem de possuir uma transparência muito maior do que os sistemas prismáticos, permitindo a visão externa. Deve ser utilizado com critério, evitando fachadas muito expostas. 




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